sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Fraqueza de Abraão


Dá-lhes oportunidade para corrigirem tais defeitos e adaptarem-se ao Seu serviço. Mostra-lhes suas fraquezas, e os ensina a buscar nEle o apoio; pois que Ele é o seu único auxílio e salvaguarda. Assim é alcançado o Seu objetivo. São educados, adestrados, disciplinados, preparados para desempenharem o grandioso propósito para o qual lhes foram dadas as suas capacidades. Quando Deus os chama à atividade, eles se acham prontos, e anjos celestiais podem unir-se-lhes na obra a ser cumprida na Terra.


Durante sua permanência no Egito, Abraão deu prova de que não estava livre de fraqueza e imperfeição humana. Ocultando o fato de que Sara era sua esposa, evidenciou desconfiança no cuidado divino, falta daquela fé e coragem sublime tão freqüente e nobremente exemplificada em sua vida. ... Sara era "formosa à vista", e ele não duvidou de que os egípcios de pele morena, cobiçariam a bela estrangeira, e que, a fim de consegui-la, não teriam escrúpulo de matar a seu marido. Raciocinou que não seria culpado de falsidade ao apresentar Sara como sua irmã; pois que era filha de seu pai, posto que não de sua mãe. Mas esta ocultação da verdadeira relação entre eles, era engano.


Nenhum desvio da estrita integridade pode encontrar a aprovação de Deus. Devido à falta de fé por parte de Abraão, Sara foi posta em grande perigo. O rei do Egito, sendo informado de sua beleza, fez com que ela fosse levada ao seu palácio, tencionando fazer dela sua esposa. Mas o Senhor, em Sua grande misericórdia, protegeu a Sara, enviando juízos sobre a casa real. Por este meio o rei soube a verdade a tal respeito; e, indignado pelo engano praticado para com ele, reprovou Abraão, e restituiu-lhe a esposa, dizendo: "Que é isto que me fizeste? ... Por que disseste: É minha irmã? de maneira que a houvera tomado por minha mulher; agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te". Gên. 12:18 e 19.


Abraão tinha sido grandemente favorecido pelo rei; mesmo agora Faraó não permitiu que se fizesse mal a ele ou à sua multidão, antes ordenou que uma guarda os conduzisse em segurança para fora de seus domínios. Por esse tempo fizeram-se leis que proibiam aos egípcios relações tais com os pastores estrangeiros que os levassem a ter familiaridade para comerem ou beberem com eles. A despedida de Faraó a Abraão foi amável e generosa; mas ordenou-lhe que deixasse o Egito, pois não ousava permitir-lhe que aí permanecesse. Sem o saber estivera a ponto de lhe fazer um grave mal; mas Deus interviera e salvara o rei de

cometer tão grande pecado.


Patriarcas e Profetas

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